A LEAD CARDIO constitui em um grupo de estudantes que tem como objetivo a criação de trabalhos científicos, didáticos e culturais, buscando promover de fato a saúde e a prevenção de patologias cardiovasculares, junto à população de Uberlândia - MG.
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Blog da LEAD CARDIO é organizado por
Leandro Higino
Acadêmico de Enfermagem
e-mails de contatos
lhigino@gmail.com ou leadcardio@yahoo.com.br
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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Quais são os reais benefícios da caminhada para o coração?

Como é uma atividade aeróbia, provoca a oxigenação cerebral e, se realizada rotineiramente, é capaz de liberar endorfinas — os hormônios que tranqüilizam e dão a sensação de bem-estar. A lista de doenças que a caminhada ajuda a evitar é imensa: acidente vascular cerebral, depressão, ansiedade, osteoporose, artrose, obesidade, diabetes “mellitus”, câncer de intestino e até intestino preguiçoso.

Os riscos da caminhada são quase que inexistentes, mas podem surgir se o ritmo da caminhada for pesado. Para evitar problemas, os batimentos do coração não podem ultrapassar 75% a 80% da freqüência normal. Para calcular a freqüência cardíaca ideal, use a fórmula: 220 menos idade igual freqüência cardíaca total (100%). Na dúvida, consulte um médico. O alerta vale, especialmente, para pessoas sedentárias — que correm mais riscos que as ativas, tanto na caminhada como em outras atividades físicas.

Saiba quais são os benefícios da caminhada para o coração e outros órgãos…

1. Um coração e pulmão mais sadios.
2. Melhora a circulação e a atividade do coração.
3. A caminhada promove o condicionamento cardiorrespiratório, ajudando a prevenir males cardíacos como infarto do miocárdio, asma e enfermidades pulmonares obstrutivas crônicas.
4. Provoca oxigenação cerebral.
5. Libera endorfinas — hormônios responsáveis pelo bem-estar.
6. Maior resistência física – músculos, ossos e articulações sadios.
7. Ajuda no controle do estresse, ou seja, ajuda a relaxar, a reduzir a tensão.
8. Melhora a qualidade do sono.
9. Diminui o risco de obesidade, associada a uma alimentação balanceada e equilibrada.
10. Melhora o colesterol bom - HDL - e diminui o colesterol ruim - LDL.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Valvuloplastia Tricúspide

Este vídeo exibe uma das técnicas utilizadas para correção da insuficiência da válvula tricúspide. Na maioria das vezes, a plástica consiste em remodelar e diminuir o perímetro do anel nativo por meio de suturas aplicadas nesta estrutura. A técnica demonstrada no vídeo vem sendo executada há muitos anos pelos cirurgiões da COR - Cirurgia Cardiovascular, com êxito.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

PARABÉNS UBERLÂNDIA PELOS SEUS 121 ANOS DE SUCESSO!

quinta-feira, 30 de julho de 2009

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Sociedade Brasileira de Cardiologia - SBC

É com muito entusiasmo que informamos a todos que a Liga de estudos Avançados em Doenças Cardiovasculares LEAD CARDIO, foi reconhecida pela SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA – SBC.

LINK DISPONIVEL
http://departamentos.cardiol.br/sblc/conheca/ligas.asp

ATT
DIEGO XAVIER BORGES
PRESIDENTE/ FUNDADOR

terça-feira, 19 de maio de 2009

Dia do Assistente Social / UNITRI

Na última quarta feira dia 13/05, aconteceu no laboratório de Governança do Centro Universitário do Triângulo (UNITRI), a comemoração do dia do Assistente Social onde a liga de enfermagem LEAD CARDIO / UNITRI, foi convidada pela gestora de cursos da saúde Professora Regina Morsoletto para participar do evento, onde foram realizadas algumas atividades, tais como: prática de exercícios ergonômicos, dinâmica de grupo e palestra com os temas “A importância do Assistente Social dentro da Equipe Multiprofissional da Saúde” e “O trabalho dos alunos do curso de Serviço Social na LEAD CARDIO / UNITRI (Liga de estudos avançados em doenças cardiovasculares)”.





terça-feira, 12 de maio de 2009

Dia 12 de maio Dia Mundial do Enfermeiro

O branco de sua roupa transmite a paz

O calor do seu coração aquece a alma

A sua dedicação levanta o ânimo

O seu sorriso alegra o coração

O seu carinho faz muita diferença

O seu toque transmite energia

Por isso, você é uma dádiva de Deus na vida daqueles que precisam de sua dedicação

Neste seu dia lhe desejo

Muita paz, alegria e prosperidade e que o Senhor Deus ilumine sempre sua vida.

PARABÉNS PELO SEU DIA!

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Ácido úrico

O ácido úrico é um elemento do sangue proveniente do metabolismo de substâncias chamadas purinas. A maioria do ácido úrico do sangue ( 70% ) origina-se do próprio organismo (endógeno) , sendo a minoria (30%) fruto da ingestão alimentar (exógeno).

A hiperuricemia (níveis elevados de ácido úrico no sangue), pode levar ao aparecimento de gota (artrite aguda e dolorosa , causada pela deposição de cristais de ácido úrico nas articulações) e litíse renal (desenvolvimento de pedras nos rins).O valor normal do ácido úrico no sangue , costuma ser de 3,4 a 7,0md/dl e 3,0 a 6,0mg/dl em homens e mulheres , respectivamente. O exame exige cerca de 4 a 8 horas de jejum.

Os níveis de ácido úrico no sangue , podem estar elevados nas seguintes situações: pacientes com gota e seus parentes (25%), insuficiência renal (falência dos rins), situações que aumentam a formação de purinas (leucemia, quimioterapia, anemia hemolítica, psoríase , linfomas , etc...) , dieta rica em proteínas e purinas, alcoolismo, diabete melito, hipertensão arterial (nesses pacientes a elevação do ácido úrico indica uma maior gravidade do quadro), obesidade, litíase renal (pedra nos rins) , jejum , dieta hipocalórica (emagrecimento), desidratação, ação de drogas (álcool , diuréticos , ácido acetilsalicílico , ácido nicotínico , metildopa , etc...) entre outras causas.

Os níveis de ácido úrico no sangue , podem estar diminuídos nas seguintes situações: doença celíca , insuficiência renal , dieta pobre em purinas , pós-operatório , ação de drogas (corticóides , alopurinol , estrogênios , warfarina , etc...), entre outras causas.


Fonte: http://www.portaldocoracao.com.br/

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Dia da Família na Escola

A Unitri realizou no dia 25/04 várias atividades no Dia da Família na escola Municipal Hilda Carneiro, no bairro Morumbi, contanto com a participação dos Membros da Lead Cardio onde foi desenvolvido atividades como aferição de pressão arterial, teste de glicemia, orientações a diabéticos e hipertensos, orientação de câncer de mama , orientações para gestante e noções básicas de primeiros socorros.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Vacina contra gripe protege o coração

Estudo comprova impacto da vacinação na prevenção de doenças cardiovasculares.Os idosos que se vacinam contra gripe , ganham proteção também para o coração. Os benefícios são indiretos, já que a partir dos 65 anos, pegar gripe significa deixar o corpo mais vulnerável a complicações cardiovasculares, como infarto do miocárdio e o derrame cerebral . A boa notícia acaba de ser comprovada por uma pesquisa da Universidade de Minnesota, nos EUA.

Apesar de a relação entre gripe e doenças cardíacas já ser conhecida pelos médicos, é a primeira vez que um grande estudo prova o impacto positivo da vacinação sobre a saúde do coração. Por dois invernos seguidos, estação do ano em que a incidência de gripe é maior, a saúde de 286 mil pessoas com 65 anos ou mais foi monitorada. Os vacinados foram menos hospitalizados por causa de enfarte, derrame, pneumonia e gripe.

"O estudo confirma que a vacina diminui o número de complicações da gripe nos idosos", diz Clélia Maria Aranda, diretora da Divisão de Imunização do Centro de Vigilância Epidemiológica de São Paulo. A pesquisa americana também provou que o risco de morte por causa de doenças cardiovasculares e respiratórias cai pela metade em idosos vacinados.

No Brasil, a gripe tem maior incidência entre abril e julho. O presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Juarez Ortiz, diz que nessa época aumentam as internações por doenças cardiovasculares. "As infecções do aparelho respiratório, complicação habitual dos quadros gripais, aumentam os riscos de enfarte e derrame cerebral."

Prevenir :

Para idosos que se imunizavam ontem no Centro de Saúde Vítor Araújo Homem de Mello, em Pinheiros, a pesquisa americana é mais um motivo para se vacinar. "Se há como se proteger contra doenças, é sempre melhor do que ter de tratar depois", disse o motorista Armando Assis, de 63 anos.Desde que começou a tomar a vacina, Nair Oliveira, de 76 anos, não teve mais gripe. Ela conta que antes ficava gripada, de cama, por uma semana. "Se também protege o coração, é bom." O aposentado Gasparino José Pra, de 70 anos, relaxou na imunização no outono de 2002 e ficou gripado. "Quando tomo a vacina, passo o ano todo sem gripe." Também é assim com Cecília Domingues, de 63. "Por isso, não falho nenhum ano." Para ela, a proteção para o coração é mais um benefício bem-vindo da vacina.Ortiz chama a atenção para outro achado do estudo. "A recomendação do médico é o principal fator que induz o idoso a se vacinar." Até o dia 30, brasileiros com 60 anos ou mais podem se vacinar gratuitamente contra a gripe nos postos públicos de saúde.

Fonte: Estadão de São Paulo - Luciana Miranda

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Leva-e-traz


Circulação sanguínea transporta nutrientes para as células e recolhe o lixo delas


Afinal, por que a gente tem 5 litros de sangue circulando pelo corpo? Para entender isso, imagine a circulação sanguínea como a grande auto-estrada do organismo, funcionando em dois sentidos. Numa direção, o sangue leva para as células do corpo alimento, água, e oxigênio. No sentido oposto, quando retorna das células, o sangue conduz o dióxido de carbono e outros resíduos que precisam ser eliminados. Os infográficos abaixo são um bom atalho para entender os segredos dessa rodovia.

CORPO TEM DOIS NIVEIS DE CIRCULACAO: A PEQUENA E A GRANDE

Pequena circulação

Ela ocorre entre coração e pulmões. O sangue que chega ao coração é enviado para os pulmões, onde rola a troca de dióxido de carbono (CO2) por oxigênio (O2). O sangue oxigenado volta, então, ao coração para ser bombeado para o corpo todo

Grande circulação

1. A grande circulação tem início justamente quando o sangue sai do coração em direção ao restante do organismo. Na primeira etapa da "viagem", ele segue pelas artérias, vasos sanguíneos espessos, com três camadas de tecido, inclusive uma muscular

2. As artérias terminam em pequenos vasos, chamados de capilares, que têm paredes muito finas. Quando o sangue passa no capilar, parte do líquido atravessa as paredes e se espalha entre as células próximas, abastecendo-as com nutrientes e oxigênio

3. A outra extremidade dos capilares se conecta a vasos venosos, também conhecidos como veias. É por elas que o sangue, agora com resíduos descartados pelas células, volta para o coração. Para impedir o refluxo do sangue, as veias têm válvulas em seu interior


Fonte: Revista Mundo Estranho

Como é feito o sangue?

As principais células do sangue são produzidas na medula óssea, uma estrutura gelatinosa que fica dentro de vários ossos do corpo.

Mas é a água que a gente bebe a maior responsável pelo volume de cerca de 5 litros de sangue que circula no organismo. É essa água que forma a parte líquida do sangue, o plasma, substância à qual se misturam três tipos de células produzidas na medula óssea: os glóbulos vermelhos, os glóbulos brancos e as plaquetas. Confira quais são as características desses quatro componentes fundamentais:

GLÓBULO VERMELHO

Quantidade por milímetro cúbico de sangue - Por volta de 5 milhões de glóbulos

Tempo de vida 120 dias ! Sua função é transportar o oxigênio para todos os tecidos do corpo. Também chamado de hemácia ou eritrócito, é a célula mais numerosa no sangue. Tem um pigmento chamado hemoglobina que ajuda a deixar todo o sangue com a cor avermelhada

GLÓBULO BRANCO

Quantidade por milímetro cúbico de sangue - Entre 5 mil e 10 mil glóbulos

Tempo de vida - Dependendo do tipo, pode viver só uma semana ! É o principal agente de defesa do organismo contra o ataque de bactérias, vírus etc. Conhecidos também como leucócitos, os glóbulos brancos se dividem em cinco variedades: neutrófilos, eosinófilos, basófilos, linfócitos e monócitos

PLAQUETA

Quantidade por milímetro cúbico de sangue - Entre 150 mil e 450 mil plaquetas

Tempo de vida - Nove dias! A plaqueta é um fragmento de uma célula maior chamada megacariócito. Ela tem a forma de um disco arredondado e é essencial para a coagulação sanguínea - sem plaquetas (ou trombócitos) há hemorragias

PLASMA

É a parte líquida do sangue, que tem cor amarelada e serve para levar água e nutrientes para os tecidos do corpo. Cerca de 90% do plasma é água pura - onde se dissolvem substâncias como proteínas, sais minerais, hormônios e glicose. O plasma é basicamente formado pela água que a gente bebe. Ela entra na corrente sanguínea pelo intestino, que têm paredes com membranas permeáveis e cercadas de finos vasos de sangue

Fonte: Revista Mundo Estranho

quarta-feira, 15 de abril de 2009

MUSICA TEMA DA ENFERMAGEM

Tabagismo em gestantes

A exposição do feto ao fumo materno é o exemplo mais grave de tabagismo passivo. Cerca de 60 estudos envolvendo 500 mil mulheres grávidas mostraram com fortes evidências que os recém-nascidos de gestantes fumantes têm peso inferior ao das gestantes que não fumam (redução média de 200 g) e a chance dobrada de parto prematuro.

Existem evidências de que a exposição de gestantes não-fumantes à poluição tabagística ambiental (PTA) também pode reduzir o peso do recém-nascido (média 33 g).Dentre outros desfechos indesejáveis da gestação em fumantes estão o risco aumentado de placenta prévia, gravidez tubária, aborto espontâneo e síndrome da morte súbita na infância.

A redução da função pulmonar em recém-nascidos de gestantes fumantes pode contribuir para o desenvolvimento ou agravamento de asma durante a vida dessas crianças, maior susceptibilidade à hiper-reatividade brônquica e predisposição à doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) na vida adulta. O tabagismo é uma das poucas causas evitáveis dessas complicações.

As intervenções durante a gestação são de elevada relação custo-efetividade na preservação da vida e na redução de danos à saúde. Os maiores índices de cessação tabagística em mulheres ocorrem durante a gravidez, porém, apenas 1/3 continua abstinente após um ano, fato que mostra a importância de intervenções para a prevenção da recaída.

Uma análise de 64 estudos com mais de 20 mil gestantes mostrou significativa redução do tabagismo durante a gravidez no grupo que recebeu intervenção precoce para deixar de fumar.

Os 16 ensaios que continham informações perinatais revelaram que a cessação tabágica promoveu a redução do baixo peso ao nascer e da prematuridade e aumento do peso ao nascer (11-55 g).

Na abordagem desse grupo especial de pacientes devem ser consideradas as seguintes recomendações:

-Orientações:aconselhamento breve para cessação e treinamento de habilidades para prevenir a recaída como parte da rotina do pré-natal. As gestantes devem ser orientadas a parar sem medicação, sempre que possível;

-Informações:fornecer informações de forma clara, exata e específica, o mais precocemente possível, sobre os riscos para o feto e para a gestante, com orientações para deixar de fumar;

-Intervenções:preferir as intervenções intensivas com especialistas treinados sempre que possível;

-Medicamentos: O uso da terapia de reposição de nicotina (TRN) durante a gravidez depende da avaliação de cada caso. Deve-se sempre considerar os riscos da droga (potencial toxicidade para o sistema nervoso central do feto) em relação aos possíveis benefícios obtidos com a cessação. Preferir as formas de liberação rápida, como a goma de nicotina. Deve-se alertar fortemente para a suspensão da TRN se a gestante voltar a fumar.Segundo diretrizes internacionais, há benefícios para mãe e feto se a TRN levar à cessação do tabagismo.De acordo com evidências atuais disponíveis, a bupropiona e a vareniclina não são recomendadas para o tratamento do tabagismo na gestante;

-Acompanhamento: as intervenções devem ser oferecidas em todo o curso da gestação em razão dos benefícios que podem advir da abstinência para o binômio gestante-feto em qualquer fase da gestação.Estima-se que 40% das gestantes param de fumar espontaneamente, decidindo fazê-lo, primariamente, pela saúde do rebento e, secundariamente, por si própria.

As intervenções são indicadas para aquelas que continuam fumando, pois, geralmente, estas apresentam maior nível de problemas psicossociais e maior grau de dependência nicotínica.A escolha entre aconselhamento individual ou em grupo deve ser feita pela gestante. Materiais escritos especificamente para as gestantes reforçam essas informações.

Algumas considerações relevantes na abordagem da mulher fumante:

-A intervenção mais eficaz no tabagismo materno é a prevenção da iniciação e o estímulo à cessação nas jovens antes de engravidar, através de ações de proibição do fumo em todo ambiente público, aumento do preço do cigarro, estímulo à prática de esportes e programas de cessação tabagística, inclusive nos locais de trabalho;

-A gestação deve ser aproveitada como um "momento" para intervenções, visando à saúde da gestante e do feto, mas também uma oportunidade de:cessação para o restante da vida dessas mulheres;

-São necessários mais estudos para definir a segurança e a eficácia do uso de medicamentos durante a gestação, incluindo a relação risco/benefício em função do grau de dependência nicotínica e do medicamento.

Fonte:
Diretrizes para Cessação do Tabagismo(2008).

terça-feira, 14 de abril de 2009

Doenças cardiovasculares próprias da gestação

A doença hipertensiva específica da gravidez ( pré-eclâmpsia e eclâmpsia ) e a miocardiopatia periparto , são doenças cardiovasculares exclusivas do período gravídico e puerperal ( até seis meses após o final da gestação ).

Doença hipertensiva específica da gravidez :

Considera-se hipertensão na gravidez quando o nível da pressão arterial habitual for maior ou igual a 140/90 mmHg. Duas formas de hipertensão podem complicar a gravidez : hipertensão arterial prévia à gravidez ( crônica ) e hipertensão arterial induzida pela gravidez ( pré-eclâmpsia e eclâmpsia), podendo essas formas ocorrerem isoladamente ou de forma associada. A hipertensão arterial crônica corresponde a hipertensão de qualquer causa , presente antes da gravidez ou diagnosticada até a vigésima semana da gestação. As mulheres com pressão arterial superior a 159/99 mmHg devem receber tratamento medicamentoso. Gestantes com pressão arterial inferior a 159/99 mmHg e/ou portadoras de diabetes melito, obesidade, gravidez gemelar, nulíparas, idade superior a 40 anos e antecedentes pessoais ou familiares de pré-eclâmpsia merecem avaliação periódica em razão da possibilidade de uma rápida elevação da pressão ou surgimento de proteinúria ( perda urinária de proteína ) e podem receber tratamento medicamentoso com valores mais baixos, entre 120/80 e 159/99 mmHg, visando à proteção da mãe e do feto . Pacientes sob anti-hipertensivos podem ter a medicação reduzida ou suspensa em virtude da hipotensão. A alfametildopa é a droga preferida por ser a mais bem estudada e não haver evidência de efeitos nocivos para o feto. Opções aditivas ou alternativas incluem: betabloqueadores (ex: propranolol , atenolol, etc... ) , mas que podem estar associados a restrição do crescimento do feto , bloqueadores de canais de cálcio ( ex: nifedipino , anlodipino ,etc... ) e os diuréticos. Os inibidores da ECA (ex : captopril , enalapril,etc... ) e os bloqueadores do receptor AT1 ( ex: losartan , valsartan,etc... ) são contra-indicados durante a gravidez. - Pré-eclâmpsia e a eclâmpsia : estas doenças ocorrem geralmente após 20 semanas de gestação. Caracterizam-se pelo desenvolvimento gradual de hipertensão arterial e proteinúria ( perda urinária de proteína ) . No quadro de eclâmpsia , ocorrem convulsões que podem ser fatais. A interrupção da gestação é o tratamento definitivo na pré-eclâmpsia e deve ser considerado em todos os casos com maturidade pulmonar fetal assegurada. Se não houver maturidade pulmonar fetal pode-se tentar prolongar a gravidez, mas a nterrupção deve ser indicada se houver um agravamento do quadro da mãe ou do fetal. A hipertensão arterial grave é freqüentemente tratada com um vasodilatador ( hidralazina ) endovenoso . O nifedipino tem sido também utilizado , entretanto , sua associação com o sulfato de magnésio, droga de escolha no tratamento e, possivelmente, na prevenção da convulsão eclâmptica, pode provocar queda súbita e intensa da pressão arterial. O ácido acetilsalicílico em baixas doses tem pequeno efeito na prevenção da pré-eclâmpsia , enquanto a suplementação oral de cálcio em pacientes de alto risco e com baixa ingestão de cálcio parece reduzir a incidência de pré-eclâmpsia.

Miocardiopatia periparto:

- Definição : é uma doença caracterizada pelo desenvolvimento de insuficiência cardíaca no último trimestre da gravidez ou no pós-parto ( até 6 meses ), em mulheres previamente saudáveis. A miocardiopatia periparto é doença rara, grave, com mortalidade que gira em torno de 18 a 56%, de causa desconhecida . É uma dos exemplos de miocardiopatia dilatada ( doença aonde os ventrícluos se dilatam e não bombeiam adequadamente o sangue ) . Estima-se que a incidência seja de 1/1.435 a 1/15.000 partos, o que acometeria de 1.000 a 1.300 mulheres por ano nos Estados Unidos. Sua causa ainda não está bem esclarecida , tendo sido sugerido fatores alimentares , relacionados ao sistema imune e a ação de vírus . É mais freqüente em mulheres com mais de 30 anos de idade , raça negra e gestações gemelares.

- Sinais e sintomas : são de insuficiência cardíaca. A insuficiência cardíaca esquerda ( pela falência do ventrículo esquerdo ) causa : falta de ar ( acúmulo de água nos pulmões e derrame na pleura ) , fadiga , palpitações ( inclusive por arritmias cardíacas ) , tonturas e até síncope ( desmaio ). O sintomas de insuficiência cardíaca direita são : o edema ( acúmulo de líquido nas pernas e na cavidade abdominal , a chamada ascite ) , veias jugulares túrgidas e aumento do fígado ( hepatomegalia ). A embolização ( deslocamento de coágulos do coração ) , podendo causar um derrame cerebral ou o entupimento de uma artéria dos membros inferiores ( êmbolos que vêm do ventrículo esquerdo dilatado ) ou ainda , uma embolia pulmonar ( causa por êmbolos que vêm do ventrículo direito dilatado e se alojam nas artérias do pulmão ). Pode ocorrer morte súbita. - Diagnóstico : baseia-se no exame clínico . O eletrocardiograma mostra um aumento das câmaras cardíacas, notadamente de ventrículo esquerdo , arritmias de graus variáveis e alterações de repolarização ventricular. A radiografia do coração e vasos da base , mostra uma cardiomegalia ( aumento do tamanho do coração ) de graus variados. O ecocardiograma , mostra aumento das câmaras cardíacas , diminuição do movimento da parede livre do ventrículo esquerdo , movimento paradoxal do septo interventricular e redução acentuada da fração de ejeção do ventrículo esquerdo ( avalia a capacidade de contração e bobeamento de sangue pelo coração , este parâmetro está abaixo do valor de 50% ). Trombos ( coágulos ) no coração estão presentes em mais de 60% dos casos. A cintilografia miocárdica com gálio é usada como critério , no pós-parto, para indicação ou não de biópsia. A biópsia miocárdica tem indicação controversa. Tem sido utilizada para confirmação do diagnóstico e estimativa da evolução e da alta clínica e laboratorial. A má evolução desta enfermidade, muitas vezes maligna, tem sido significativamente modificada com o diagnóstico precoce e o tratamento adequado. O

- Tratamento e prognóstico: o tratamento é voltado para o combate da insuficiência cardíaca ( repouso , dieta com pouco sal , uso de diuréticos , betabloqueadores , digital , inibidores da ECA como o captoril ou enalapril e ainda , o uso da espironolactona ). Evitar a formação de trombos , com o uso de anticoagulantes e, o combate das arritmias com o uso de antiarrítmicos , são outros objetivos do tratamento. As pacientes que apresentarem melhora clínica e normalização da função miocárdica , em até 6 meses do parto , têm prognóstico favorável. Considera-se grupo favorável a uma nova gestação as pacientes que , até os seis meses após o último parto , estiverem em CF I/II ( sem falta de ar ou com falta de ar aos esforços acima do habitual ), apresentarem ritmo sinusal ao eletrocardiograma ( ritmo ditado pelo marcapasso natural do coração ) , área cardíaca normal à radiografia do tórax, função do ventrículo normal ou próxima do normal ao ecocardiograma e idade menor que 35 anos. As manifestações embólicas ( migração de coágulos ) para o cérebro , extremidades e pulmões, ocorrem em 25 a 40% dos casos. Uma nova gestação só é aconselhada às pacientes enquadradas na classificação acima, pois o retorno da doença é freqüente. O intervalo gestacional ideal é de dois anos. Pacientes com área cardíaca aumentada, arritmias ventriculares e função de contração cardíaca reduzida baixa , devem ser desmotivadas a uma nova gestação.

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sábado, 4 de abril de 2009

SOCORRO A VÍTIMAS DE PARADA CARDÍACA DEVE EVITAR RESPIRAÇÃO BOCA-A-BOCA


As chances de se sobreviver a um ataque cardíaco fora de um hospital dobram se alguém próximo fizer exclusivamente compressões torácicas, deixando de lado a respiração boca-a-boca, amplamente considerada um procedimento de socorro padrão, revela um estudo que será publicado nesta sexta-feira.

A cena é comum, tanto na televisão quanto na vida real: alguém, freqüentemente um homem em idade madura, cai na calçada, levando as mãos ao peito. Um transeunte se posiciona ao seu lado, pinça o nariz da vítima e começa a fazer respiração boca-a-boca, alternando-a com compressões repetidas e vigorosas em seu peito.

Mas segundo o estudo, publicado na edição de 16 de março da revista científica britânica The Lancet, há algo errado com este senso comum de primeiros socorros, que na verdade faz mais mal do que bem.

"Não há evidências de qualquer benefício na respiração boca-a-boca", escreve Ken Nagao, médico do hospital universitário Nihon, em Tóquio, que conduziu o estudo que acompanhou mais de quatro mil casos de paradas cardíacas na região japonesa de Kanto.

As chances de sobrevivência com um "resultado neurológico favorável" são duas vezes maiores quando o socorrista evita o boca-a-boca e se concentra exclusivamente em tentar reanimar o coração através de compressões torácicas ritmadas.

"As descobertas deveriam levar a uma revisão provisória rápida das diretrizes para (se socorrer) uma parada cardíaca fora do hospital", adverte em um comentário Gordon Ewy, diretor do Centro Cardíaco Sarver, da Universidade do Arizona.

O propósito de soprar ar para os pulmões de uma vítima de ataque cardíaco é oxigenar o sangue, enquanto a massagem cardíaca visa a fazer o coração voltar a bater ou restabelecer seus batimentos regulares.

Mas esta inédita comparação em larga escala das taxas de sobrevivência de pacientes vítimas de parada cardíaca contesta a técnica padrão de ressuscitação cardíaca, ensinada a milhões de pessoas ao redor do mundo, acrescenta Ewy.

"Descobrimos que a taxa de sobrevivência é maior até mesmo quando o sangue tem menos oxigênio, mas é estimulado a se mover pelo corpo por meio de contínuas compressões torácicas", reforça.

Se os resultados do estudo japonês forem usados para revisar as diretrizes padrão do socorro de vítimas de parada cardíaca antes da chegada dos médicos, isto poderia na verdade ter outro efeito positivo: mais pessoas poderiam se arriscar a tentar.

Dos 4.068 adultos examinados que tiveram ataque cardíaco na frente de estranhos, 439 receberam ressuscitação cardíaca e 712, ressuscitação cardiorespiratória convencional.

Mas 2.917 - mais de 70% - foram deixados à própria sorte.

"Estudos demonstram que devido ao fato de as diretrizes usuais de ressuscitação cardiorespiratória exigirem a ventilação boca-a-boca, a maioria das pessoas não se sentiria capaz de efetuá-la em um estranho, em parte por medo de contrair doenças", explica Ewy.

Embora o estudo dê o que Ewy chamou de "evidência inequívoca" de que a ressuscitação exclusiva com compressão torácica eleva as taxas de sobrevivência, seus autores alertam que o mesmo não se aplica à falência respiratória provocada por afogamento, overdose ou choque.

Nestes casos, o método apropriado de socorro, afirmaram os estudiosos, ainda é alternar duas respirações boca-a-boca e 30 compressões torácicas.

Material Enviando pela AC. Enf. Wellida Lemes
Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,AA1489939-5598,00.html

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Convivendo com o Diabetes

Artigo Sociedade Brasileira de Cardiologia

Colesterol e gorduras em Alimentos Brasleiros: Implicações para a Prevenção de Aterosclerose

http://www.arquivosonline.com.br/2009/9203/pdf/9203005.pdf

domingo, 29 de março de 2009

Genes causadores do infarto


Pesquisadores brasileiros descobrem os genes causadores do infarto Com o avanço dos estudos, será possível identificar pessoas com mais chances de sofrer ataques cardíacos e atuar na prevenção. Todos conhecem os riscos, mas a maioria não acredita que será vítima de um enfarto. Segundo dados da sociedade brasileira de cardiologia, 300 mil pessoas morrem todos os anos, no país, por causa de doenças cardiovasculares. na maioria das vezes, enfartos. Agora pesquisadores da USP e do Instituto Dante Pazzanese, em São Paulo, conseguiram mapear os 8 principais genes causadores dos ataques cardíacos. Para o cardiologista Marcelo Sampaio, responsável pela pesquisa, ele diz o que isso vai trazer de bom: ajudar a diagnosticar, filhos de doentes vão poder ser observados desde pequenos e na produção de remédios. E esses medicamentos poderão ser desenvolvidos para atender às necessidades específicas de cada paciente, o que aumenta a eficácia do tratamento em até 100%. A pesquisa foi feita a partir de amostras de sangue de pessoas que estavam enfartando. Os genes identificados como responsáveis pelo problema controlam o tamanho e a espessura das paredes das artérias do coração e também as inflamações causadoras dos coágulos que impedem a passagem do sangue. Todas as pessoas têm esses genes. Só que nos pacientes que sofreram ataques cardíacos, eles estão alterados. Apesar da descoberta, ainda é fundamental que as pessoas controlem fumo, diabetes, pressão e colesterol altos na tentativa de evitar enfartos. Os médicos acreditam que os genes responsáveis pelos ataques cardíacos sejam ativados por esses fatores de risco.

Fonte: Band

Exercícios melhoram a regulação cardíaca

Estudo norte-americano mostra que prática de atividades aeróbicas melhora função cardíaca; mas benefício não ocorre nas mulheres prática regular de exercícios aeróbicos, como corrida e atividades na bicicleta ergométrica, melhora o controle do sistema nervoso sobre o coração em homens jovens, segundo estudo da Universidade de Columbia. A análise de 149 jovens adultos saudáveis indicou que 12 semanas de exercícios aeróbicos melhoram a regulação do sistema nervoso autônomo na função cardíaca. Os resultados, de forma geral, mostraram que a prática dessas atividades entre os homens pode reduzir a taxa cardíaca de descanso e melhorar os resultados das medidas da variabilidade da frequência cardíaca. Porém os mesmos benefícios não foram observados para as mulheres. Os autores destacam que as razões para esse efeito ter ocorrido apenas nos homens ainda não estão claros. Mas eles acreditam que os hormônios sexuais possam cumprir um papel nessa regulação. E os resultados não negam a importância dos exercícios para as mulheres, que apresentam outros benefícios cardíacos com a prática.
Fonte: Terra






sexta-feira, 27 de março de 2009

A Sobrevida Após a Reanimação Cardiopulmonar

"A medicina tenta ao longo de várias décadas, em uma luta sem fim, prolongar a vida. A Reanimação Cardiopulmonar é o exemplo maior desta conquista. O retorno da respiração e dos batimentos cardíacos após sua interrupção traz para a equipe médica uma satisfação inestimável. Conheça alguns resultados destas medidas, muitas vezes bem sucedidas, que prolongam a vida de muitas pessoas quando realizadas em tempo hábil e de maneira correta".



A parada cardiopulmonar é a cessação da circulação e da respiração; é reconhecida pela ausência de batimentos cardíacos e da respiração, em um paciente inconsciente. A interrupção súbita das funções cardiopulmonares constitui um tipo de problema que sempre foi um desafio para a medicina. Ela representa uma emergência médica extrema, cujos resultados serão a lesão cerebral irreversível e a morte, se as medidas adequadas para restabelecer o fluxo sangüíneo e a respiração não forem tomadas.

Até alguns anos atrás, nada era feito quando ocorria uma parada cardiorrespiratória, devido a uma crença infundada, vigente na época, de que nada poderia ser feito por esses pacientes. Entretanto, nos anos 50, verificou-se que a reanimação cardiopulmonar (RPC) após a parada cardíaca era, de fato, possível. E a partir dessa época, cada vez mais se discute sobre as técnicas de ressuscitação, sendo aprimorada e assim obtendo melhores resultados.

No ambiente hospitalar, a RPC é um procedimento de emergência que é rotineiramente aplicado em todos os pacientes que apresentam parada cardiorrespiratória. Como para qualquer outro procedimento de emergência, o consentimento dos pacientes é presumido, uma vez que se a RPC deixar de ser feita, a morte será inevitável. Mas muitas dúvidas ainda existem a respeito de quais pacientes teriam bons resultados com a técnica de ressuscitação; um melhor entendimento da sua eficácia e das taxas de sobrevida a curto e a longo-prazo é importante para a avaliação do sucesso das manobras de reanimação e da evolução dos pacientes, e pode ajudar na decisão, por parte das instituições, no planejamento das técnicas a serem utilizadas.

Com o intuito de analisar os resultados tardios e recentes da reanimação cardiopulmonar um grupo de pesquisadores americanos liderados pelo Dr. Thomas W. Zoch, conduziu um trabalho publicado na revista Archives of Internal Medicine, no qual os autores analisaram o resultado de manobras de reanimação cardiopulmonar realizadas no Marshfield Medical Center, entre dezembro de 1983 e novembro de 1991.


Foi realizada uma revisão de todos os pacientes, maiores de 18 anos, que receberam a RPC durante esse intervalo de tempo. Os dados pesquisados foram: (1) demografia; (2) características dos pacientes, incluindo o estado mental, a quantidade de dependência para atividades da vida diária (autocuidado) e tipo de diagnóstico (respiratório, cardíaco ou outros); e (3) características da parada cardiopulmonar, como hora do dia, localização física do paciente na hora da parada, se durante a parada o paciente estava monitorizado ou não, se a causa primária da parada foi cardíaca ou respiratória, qual o mecanismo da parada (com ou sem pulso) e dias de internação antes da parada. Os dados dos pacientes que evoluíram com óbito, estavam arquivados no computador do hospital.

Para a análise da sobrevida a longo prazo (média de oito anos após a alta hospitalar), os pacientes dos quais não foi possível saber se já haviam morrido, os pesquisadores consideraram como base a última consulta destes, sendo que todos os pacientes haviam procurado o hospital, pelo menos uma vez após a alta.


Um total de 1.066 tentativas de reanimações foram realizadas, em 948 admissões hospitalares. A maioria dos pacientes eram casados, do sexo masculino, foram admitidos de casa, tinham o estado mental preservado antes da parada, e não apresentava dependência para as atividades da vida diária. A idade média foi de 69 anos.

Das 948 admissões, 580 pacientes sobreviveram, sendo que 467 sobreviveram mais de 24 horas e 305 sobreviveram até a alta hospitalar. A maioria dos pacientes que recebeu alta voltou para casa sem problemas neurológicos.

O mecanismo da parada foi o fator mais importante associado com a sobrevida após a alta hospitalar, sendo que os pacientes que tiveram a parada sem pulso tiveram as piores chances de alta. Os pacientes que estavam monitorados sobreviveram mais dos que não monitorados, bem como os pacientes que tiveram parada cardíaca primária tiveram melhores resultados do que os pacientes com parada respiratória. Os pacientes que tiveram parada cardiorrespiratória durante o inverno morreram mais do que os pacientes que tiveram na primavera e no verão. A idade não foi uma variável importante associada à sobrevivência até a alta.

Dos pacientes que sobreviveram até a alta hospitalar, apenas 298 foram incluídos no estudo. Os pacientes foram divididos de acordo com a idade: 18 a 69 anos e acima de 69 anos. No primeiro ano após a alta, um quarto dos pacientes de cada grupo havia morrido. Nos anos seguintes o grupo de pacientes que tinham idade maior de 69 anos apresentou índice mais elevado de mortalidade. As mulheres tiveram taxa de mortalidade menor. Os pacientes que foram entubados durante a hospitalização sobreviveram menos. Aqueles cuja causa primária da parada foi um problema cardíaco tiveram um melhor prognóstico. Mas os autores lembram que nenhum desses resultados foi estaticamente provado.

Os autores acreditam que a instituição estudada, por tratar-se de uma instituição que atende pacientes da zona rural e brancos em sua maioria, não apresenta dados que possam ser generalizados para outra regiões geográficas e nem para as outras raças, e, por isto, outros estudos em diferentes instituições devem ser feitos.Ao final do trabalho, os pesquisadores chegaram à conclusão de que a sobrevivência até a alta hospitalar, depois de uma RPC, foi a maior apresentada nos últimos anos, em comparação com outras instituições. E a sobrevida em longo prazo foi similar a outros estudos. O que eles puderam observar foi que o tipo de arritmia (com ou sem pulso) é importante na sobrevivência a curto e longo prazo e que a idade não influencia a sobrevida até a alta, mas é importante no prognóstico a longo prazo. Eles acreditam, ainda, que esses achados podem ajudar na seleção dos pacientes que devem receber a RPC.

Fonte: Arch Intern Med. 2000; 160: 1969-1973.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Hipertensão

Hipertensão pode atrapalhar memória e pensamento de crianças


Crianças com pressão alta têm mais dificuldades de memória e em planejar e realizar tarefas complicadas direcionadas por objetivos, segundo estudo da Universidade de Rochester, nos EUA. E, de acordo com os autores, se a hipertensão for acompanhada pela obesidade, essas crianças podem ser mais propensas a ter ansiedade e depressão.

As conclusões foram baseadas em um estudo que comparou 32 crianças e adolescentes (dez a 18 anos de idade) com diagnóstico recente de hipertensão com 32 com pressão normal. E os resultados, indicando que a hipertensão afeta as habilidades cognitivas das crianças, surpreenderam os pesquisadores apesar de serem similares a pesquisas com adultos.

Apesar de o estudo ter indicado que o tratamento da hipertensão poderia reverter esses efeitos negativos na função cognitiva, os autores destacam que ainda não sabem as implicações, em longo-prazo, dessas mudanças sutis. E isso, dado o aumento da obesidade e hipertensão infantil no mundo, é motivo de preocupação.

Fonte:
http://blogboasaude.zip.net/

Avaliação cardio

Especialista destaca importância da avaliação do risco cardiovascular




A identificação dos pacientes sob risco elevado de sofrer um evento coronário tem papel fundamental na prevenção do infarto e do derrame, segundo o cardiologista Wilson Salgado Filho, do Instituto do Coração, em São Paulo. Em palestra no III Simpósio Nacional da Sociedade Brasileira de Alimentos Funcionais, em Piracicaba-SP, o especialista destacou a importância da prevenção cardiovascular, inclusive em pacientes de risco intermediário.

De acordo com o cardiologista, cerca de 50% dos pacientes podem sofrer, como primeira manifestação de doença coronária, um infarto agudo do miocárdio sem nenhum sinal de alerta preliminar, resultando em alto índice de mortalidade.

Por causa dessa alta taxa de eventos cardíacos ocorrendo “sem aviso prévio”, seria importante a avaliação do risco cardiovascular, inclusive “nos pacientes classificados como de risco intermediário, que representam o maior contingente da população em risco, frequentemente subestimados na prática clínica diária”.

O médico do Incor destaca que, para a avaliação do risco cardiovascular os especialistas têm buscado a detecção da aterosclerose sub-clínica com a utilização de técnicas não-invasivas de rápida execução, como a angiotomografia de artérias coronárias sem contraste para o cálculo do nível de cálcio, que pode obstruir as artérias.

“Além disso, a estratificação do risco cardiovascular representa uma base concreta para o estabelecimento de metas lipídicas adequadas na prevenção de eventos cardiovasculares, resultando em melhor eficácia na abordagem terapêutica e maior incentivo para a aderência de um estilo de vida saudável e criativo”, destacou o especialista.

quarta-feira, 25 de março de 2009

PROTEINA FATAL

Proteína fatal

Concentração elevada de substância associada à inflamação é o mais novo fator de risco para doenças cardíacas
Greice Rodrigues

Uma importante descoberta na área da cardiologia deverá aprimorar ainda mais os tratamentos das doenças cardiovasculares. Uma equipe formada por pesquisadores de vários países anunciou que a proteína C reativa, uma molécula produzida no fígado e usada pelo sistema de defesa do organismo, é o mais novo fator de risco confirmado para patologias como o infarto e acidentes vasculares cerebrais.

A notícia foi um dos grandes destaques do Congresso Americano de Cardiologia, que aconteceu na semana passada nos Estados Unidos. Ela é o resultado de um estudo internacional que envolveu 17,8 mil pessoas de 27 países, entre eles o Brasil.

Proteína fatalConcentração elevada de substância associada à inflamação é o mais novo fator de risco para doenças cardíacasGreice Rodrigues
Uma importante descoberta na área da cardiologia deverá aprimorar ainda mais os tratamentos das doenças cardiovasculares. Uma equipe formada por pesquisadores de vários países anunciou que a proteína C reativa, uma molécula produzida no fígado e usada pelo sistema de defesa do organismo, é o mais novo fator de risco confirmado para patologias como o infarto e acidentes vasculares cerebrais.
A notícia foi um dos grandes destaques do Congresso Americano de Cardiologia, que aconteceu na semana passada nos Estados Unidos. Ela é o resultado de um estudo internacional que envolveu 17,8 mil pessoas de 27 países, entre eles o Brasil.

A PC reativa, como é chamada, vinha sendo estudada pelos médicos há alguns anos. Quando se apresenta em concentrações mais elevadas, denuncia a existência de um processo inflamatório dentro do corpo. Isso ganhou importância quando se descobriu que o infarto é provocado pela combinação do acúmulo de placas de gordura na parede das artérias com a inflamação decorrente desse problema. "Esse núcleo de gordura se inflama e se rompe. Células de defesa do organismo se agrupam para tentar estancar, mas acabam formando o coágulo, o que causa o infarto", explica o cardiologista Andrei Spósito, presidente do Departamento de Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia.
Porém, até hoje acreditava-se que a proteína só se expressava em quantidades preocupantes do ponto de vista cardíaco quando o processo já estava adiantado. Imaginava-se que índices elevados só aparecessem em indivíduos portadores de fatores de risco tradicionais, como obesidade e fumo. Testes para medir sua presença eram feitos mais para confirmar o problema, não para denunciá-lo. O que o novo estudo mostrou foi que a proteína pode, sim, aparecer aumentada mesmo na ausência de ameaças conhecidas. Isso significa que uma pessoa sem nenhum fator aparente pode apresentar níveis extrapolados, ou seja, esse indivíduo também está em risco, embora ninguém desconfiasse disso.

Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores avaliaram a redução do risco cardiovascular em pessoas que apresentavam índices preocupantes de proteína C reativa mas que não tinham perfil para sofrer de problemas cardiovasculares. Metade foi tratada com doses diárias de rosuvastatina, um tipo de estatina. Esta categoria de remédios é indicada para reduzir o colesterol ruim e aumentar o bom. O restante recebeu placebo.

Um ano e nove meses depois, os pesquisadores identificaram uma redução de 44% no risco de eventos como infarto e acidente vascular cerebral (avc) e diminuição de 20% da mortalidade entre os pacientes medicados com a estatina. Isso ocorreu porque esses medicamentos também possuem efeito antiinflamatório. "Ou seja, ficou demonstrado que essa proteína é um indicador extremamente importante de que algo grave pode estar ocorrendo nos vasos sangüíneos. Mas também ficou claro que é possível reduzir eventuais prejuízos se agirmos rápido", afirma o pesquisador Jacques Genest, um dos líderes do estudo. O resultado foi considerado tão contundente que o ensaio clínico acabou interrompido antes da conclusão final.

A constatação implicará mudança no tratamento. "É uma das mais importantes descobertas dos últimos anos. Irá repercutir nas atuais práticas clínicas", afirma Francisco Fonseca, coordenador do Setor de Lípides, Aterosclerose e Biologia Celular da Universidade Federal de São Paulo e também um dos autores da pesquisa. A primeira alteração será recomendar o teste para medir a PC reativa mesmo a indivíduos que não manifestam fatores de risco mais comuns, como colesterol total aumentado e sedentarismo. "Agora, diante deste resultado, este procedimento tornou-se necessário", afirma o cardiologista José Pedro da Silva, do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo. Outro procedimento será ampliar o uso das estatinas por causa da confirmação de seu efeito antiinflamatório - com a ressalva, é claro, de que o remédio pode produzir efeitos colaterais como sobrecarga ao fígado. Para Antonio Carlos Chagas, presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, as medidas darão força à medicina preventiva.

Fonte: Revista ISTOÉ

sexta-feira, 20 de março de 2009

HIPERTENSÃO ARTERIAL

Essa é uma maneira criativa e engraçada de entender a Hipertensão...

terça-feira, 10 de março de 2009


Os Dez Mandamentos para um Coração Saudável

Para evitar um infarto, ou qualquer outra doença cardiovasculares - como colesterol, diabetes, estresse, hipertensão, obesidade e tabagismo - o bom mesmo é se prevenir.

1 - Diga não à obesidade e controle o seu peso
2 - Consulte o seu médico periodicamente
3 - Meça a sua pressão arterial com freqüência
4 - Diga não ao fumo
5 - Verifique a quantidade de sal nos rótulos dos alimentos
6 - Diga não ao sedentarismo. Pratique esportes
7 - Escolha bem os alimentos
8 - Saiba se é diabético e se tem colesterol alto
9 - Evite o estresse
10 - Ame a vida e o seu coração

segunda-feira, 9 de março de 2009


Principais doenças Cardiovasculares
(enfarto, angina, insuficiência cardíaca)


São fatores de risco para essas doenças o sedentarismo, o fumo, o diabetes, o colesterol alto e a obesidade. Entre os sintomas das doenças estão falta de ar, dor no peito, palpitações e inchaço.

Para preveni-las é preciso praticar atividades físicas, não fumar, controlar o peso, o colesterol e o diabetes. Como atividade física, pode ser adotada a caminhada, três vezes por semana, com duração de meia hora.

domingo, 8 de março de 2009

Homenagem ao Dia Internacional da Mulher


História do 8 de março

No Dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.

A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano.

Porém, somente no ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o "Dia Internacional da Mulher", em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em 1857. Mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas).

Objetivo da Data

Ao ser criada esta data, não se pretendia apenas comemorar. Na maioria dos países, realizam-se conferências, debates e reuniões cujo objetivo é discutir o papel da mulher na sociedade atual. O esforço é para tentar diminuir e, quem sabe um dia terminar, com o preconceito e a desvalorização da mulher. Mesmo com todos os avanços, elas ainda sofrem, em muitos locais, com salários baixos, violência masculina, jornada excessiva de trabalho e desvantagens na carreira profissional. Muito foi conquistado, mas muito ainda há para ser modificado nesta história.