A LEAD CARDIO constitui em um grupo de estudantes que tem como objetivo a criação de trabalhos científicos, didáticos e culturais, buscando promover de fato a saúde e a prevenção de patologias cardiovasculares, junto à população de Uberlândia - MG.
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Blog da LEAD CARDIO é organizado por
Leandro Higino
Acadêmico de Enfermagem
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quarta-feira, 29 de abril de 2009

Dia da Família na Escola

A Unitri realizou no dia 25/04 várias atividades no Dia da Família na escola Municipal Hilda Carneiro, no bairro Morumbi, contanto com a participação dos Membros da Lead Cardio onde foi desenvolvido atividades como aferição de pressão arterial, teste de glicemia, orientações a diabéticos e hipertensos, orientação de câncer de mama , orientações para gestante e noções básicas de primeiros socorros.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Vacina contra gripe protege o coração

Estudo comprova impacto da vacinação na prevenção de doenças cardiovasculares.Os idosos que se vacinam contra gripe , ganham proteção também para o coração. Os benefícios são indiretos, já que a partir dos 65 anos, pegar gripe significa deixar o corpo mais vulnerável a complicações cardiovasculares, como infarto do miocárdio e o derrame cerebral . A boa notícia acaba de ser comprovada por uma pesquisa da Universidade de Minnesota, nos EUA.

Apesar de a relação entre gripe e doenças cardíacas já ser conhecida pelos médicos, é a primeira vez que um grande estudo prova o impacto positivo da vacinação sobre a saúde do coração. Por dois invernos seguidos, estação do ano em que a incidência de gripe é maior, a saúde de 286 mil pessoas com 65 anos ou mais foi monitorada. Os vacinados foram menos hospitalizados por causa de enfarte, derrame, pneumonia e gripe.

"O estudo confirma que a vacina diminui o número de complicações da gripe nos idosos", diz Clélia Maria Aranda, diretora da Divisão de Imunização do Centro de Vigilância Epidemiológica de São Paulo. A pesquisa americana também provou que o risco de morte por causa de doenças cardiovasculares e respiratórias cai pela metade em idosos vacinados.

No Brasil, a gripe tem maior incidência entre abril e julho. O presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Juarez Ortiz, diz que nessa época aumentam as internações por doenças cardiovasculares. "As infecções do aparelho respiratório, complicação habitual dos quadros gripais, aumentam os riscos de enfarte e derrame cerebral."

Prevenir :

Para idosos que se imunizavam ontem no Centro de Saúde Vítor Araújo Homem de Mello, em Pinheiros, a pesquisa americana é mais um motivo para se vacinar. "Se há como se proteger contra doenças, é sempre melhor do que ter de tratar depois", disse o motorista Armando Assis, de 63 anos.Desde que começou a tomar a vacina, Nair Oliveira, de 76 anos, não teve mais gripe. Ela conta que antes ficava gripada, de cama, por uma semana. "Se também protege o coração, é bom." O aposentado Gasparino José Pra, de 70 anos, relaxou na imunização no outono de 2002 e ficou gripado. "Quando tomo a vacina, passo o ano todo sem gripe." Também é assim com Cecília Domingues, de 63. "Por isso, não falho nenhum ano." Para ela, a proteção para o coração é mais um benefício bem-vindo da vacina.Ortiz chama a atenção para outro achado do estudo. "A recomendação do médico é o principal fator que induz o idoso a se vacinar." Até o dia 30, brasileiros com 60 anos ou mais podem se vacinar gratuitamente contra a gripe nos postos públicos de saúde.

Fonte: Estadão de São Paulo - Luciana Miranda

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Leva-e-traz


Circulação sanguínea transporta nutrientes para as células e recolhe o lixo delas


Afinal, por que a gente tem 5 litros de sangue circulando pelo corpo? Para entender isso, imagine a circulação sanguínea como a grande auto-estrada do organismo, funcionando em dois sentidos. Numa direção, o sangue leva para as células do corpo alimento, água, e oxigênio. No sentido oposto, quando retorna das células, o sangue conduz o dióxido de carbono e outros resíduos que precisam ser eliminados. Os infográficos abaixo são um bom atalho para entender os segredos dessa rodovia.

CORPO TEM DOIS NIVEIS DE CIRCULACAO: A PEQUENA E A GRANDE

Pequena circulação

Ela ocorre entre coração e pulmões. O sangue que chega ao coração é enviado para os pulmões, onde rola a troca de dióxido de carbono (CO2) por oxigênio (O2). O sangue oxigenado volta, então, ao coração para ser bombeado para o corpo todo

Grande circulação

1. A grande circulação tem início justamente quando o sangue sai do coração em direção ao restante do organismo. Na primeira etapa da "viagem", ele segue pelas artérias, vasos sanguíneos espessos, com três camadas de tecido, inclusive uma muscular

2. As artérias terminam em pequenos vasos, chamados de capilares, que têm paredes muito finas. Quando o sangue passa no capilar, parte do líquido atravessa as paredes e se espalha entre as células próximas, abastecendo-as com nutrientes e oxigênio

3. A outra extremidade dos capilares se conecta a vasos venosos, também conhecidos como veias. É por elas que o sangue, agora com resíduos descartados pelas células, volta para o coração. Para impedir o refluxo do sangue, as veias têm válvulas em seu interior


Fonte: Revista Mundo Estranho

Como é feito o sangue?

As principais células do sangue são produzidas na medula óssea, uma estrutura gelatinosa que fica dentro de vários ossos do corpo.

Mas é a água que a gente bebe a maior responsável pelo volume de cerca de 5 litros de sangue que circula no organismo. É essa água que forma a parte líquida do sangue, o plasma, substância à qual se misturam três tipos de células produzidas na medula óssea: os glóbulos vermelhos, os glóbulos brancos e as plaquetas. Confira quais são as características desses quatro componentes fundamentais:

GLÓBULO VERMELHO

Quantidade por milímetro cúbico de sangue - Por volta de 5 milhões de glóbulos

Tempo de vida 120 dias ! Sua função é transportar o oxigênio para todos os tecidos do corpo. Também chamado de hemácia ou eritrócito, é a célula mais numerosa no sangue. Tem um pigmento chamado hemoglobina que ajuda a deixar todo o sangue com a cor avermelhada

GLÓBULO BRANCO

Quantidade por milímetro cúbico de sangue - Entre 5 mil e 10 mil glóbulos

Tempo de vida - Dependendo do tipo, pode viver só uma semana ! É o principal agente de defesa do organismo contra o ataque de bactérias, vírus etc. Conhecidos também como leucócitos, os glóbulos brancos se dividem em cinco variedades: neutrófilos, eosinófilos, basófilos, linfócitos e monócitos

PLAQUETA

Quantidade por milímetro cúbico de sangue - Entre 150 mil e 450 mil plaquetas

Tempo de vida - Nove dias! A plaqueta é um fragmento de uma célula maior chamada megacariócito. Ela tem a forma de um disco arredondado e é essencial para a coagulação sanguínea - sem plaquetas (ou trombócitos) há hemorragias

PLASMA

É a parte líquida do sangue, que tem cor amarelada e serve para levar água e nutrientes para os tecidos do corpo. Cerca de 90% do plasma é água pura - onde se dissolvem substâncias como proteínas, sais minerais, hormônios e glicose. O plasma é basicamente formado pela água que a gente bebe. Ela entra na corrente sanguínea pelo intestino, que têm paredes com membranas permeáveis e cercadas de finos vasos de sangue

Fonte: Revista Mundo Estranho

quarta-feira, 15 de abril de 2009

MUSICA TEMA DA ENFERMAGEM

Tabagismo em gestantes

A exposição do feto ao fumo materno é o exemplo mais grave de tabagismo passivo. Cerca de 60 estudos envolvendo 500 mil mulheres grávidas mostraram com fortes evidências que os recém-nascidos de gestantes fumantes têm peso inferior ao das gestantes que não fumam (redução média de 200 g) e a chance dobrada de parto prematuro.

Existem evidências de que a exposição de gestantes não-fumantes à poluição tabagística ambiental (PTA) também pode reduzir o peso do recém-nascido (média 33 g).Dentre outros desfechos indesejáveis da gestação em fumantes estão o risco aumentado de placenta prévia, gravidez tubária, aborto espontâneo e síndrome da morte súbita na infância.

A redução da função pulmonar em recém-nascidos de gestantes fumantes pode contribuir para o desenvolvimento ou agravamento de asma durante a vida dessas crianças, maior susceptibilidade à hiper-reatividade brônquica e predisposição à doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) na vida adulta. O tabagismo é uma das poucas causas evitáveis dessas complicações.

As intervenções durante a gestação são de elevada relação custo-efetividade na preservação da vida e na redução de danos à saúde. Os maiores índices de cessação tabagística em mulheres ocorrem durante a gravidez, porém, apenas 1/3 continua abstinente após um ano, fato que mostra a importância de intervenções para a prevenção da recaída.

Uma análise de 64 estudos com mais de 20 mil gestantes mostrou significativa redução do tabagismo durante a gravidez no grupo que recebeu intervenção precoce para deixar de fumar.

Os 16 ensaios que continham informações perinatais revelaram que a cessação tabágica promoveu a redução do baixo peso ao nascer e da prematuridade e aumento do peso ao nascer (11-55 g).

Na abordagem desse grupo especial de pacientes devem ser consideradas as seguintes recomendações:

-Orientações:aconselhamento breve para cessação e treinamento de habilidades para prevenir a recaída como parte da rotina do pré-natal. As gestantes devem ser orientadas a parar sem medicação, sempre que possível;

-Informações:fornecer informações de forma clara, exata e específica, o mais precocemente possível, sobre os riscos para o feto e para a gestante, com orientações para deixar de fumar;

-Intervenções:preferir as intervenções intensivas com especialistas treinados sempre que possível;

-Medicamentos: O uso da terapia de reposição de nicotina (TRN) durante a gravidez depende da avaliação de cada caso. Deve-se sempre considerar os riscos da droga (potencial toxicidade para o sistema nervoso central do feto) em relação aos possíveis benefícios obtidos com a cessação. Preferir as formas de liberação rápida, como a goma de nicotina. Deve-se alertar fortemente para a suspensão da TRN se a gestante voltar a fumar.Segundo diretrizes internacionais, há benefícios para mãe e feto se a TRN levar à cessação do tabagismo.De acordo com evidências atuais disponíveis, a bupropiona e a vareniclina não são recomendadas para o tratamento do tabagismo na gestante;

-Acompanhamento: as intervenções devem ser oferecidas em todo o curso da gestação em razão dos benefícios que podem advir da abstinência para o binômio gestante-feto em qualquer fase da gestação.Estima-se que 40% das gestantes param de fumar espontaneamente, decidindo fazê-lo, primariamente, pela saúde do rebento e, secundariamente, por si própria.

As intervenções são indicadas para aquelas que continuam fumando, pois, geralmente, estas apresentam maior nível de problemas psicossociais e maior grau de dependência nicotínica.A escolha entre aconselhamento individual ou em grupo deve ser feita pela gestante. Materiais escritos especificamente para as gestantes reforçam essas informações.

Algumas considerações relevantes na abordagem da mulher fumante:

-A intervenção mais eficaz no tabagismo materno é a prevenção da iniciação e o estímulo à cessação nas jovens antes de engravidar, através de ações de proibição do fumo em todo ambiente público, aumento do preço do cigarro, estímulo à prática de esportes e programas de cessação tabagística, inclusive nos locais de trabalho;

-A gestação deve ser aproveitada como um "momento" para intervenções, visando à saúde da gestante e do feto, mas também uma oportunidade de:cessação para o restante da vida dessas mulheres;

-São necessários mais estudos para definir a segurança e a eficácia do uso de medicamentos durante a gestação, incluindo a relação risco/benefício em função do grau de dependência nicotínica e do medicamento.

Fonte:
Diretrizes para Cessação do Tabagismo(2008).

terça-feira, 14 de abril de 2009

Doenças cardiovasculares próprias da gestação

A doença hipertensiva específica da gravidez ( pré-eclâmpsia e eclâmpsia ) e a miocardiopatia periparto , são doenças cardiovasculares exclusivas do período gravídico e puerperal ( até seis meses após o final da gestação ).

Doença hipertensiva específica da gravidez :

Considera-se hipertensão na gravidez quando o nível da pressão arterial habitual for maior ou igual a 140/90 mmHg. Duas formas de hipertensão podem complicar a gravidez : hipertensão arterial prévia à gravidez ( crônica ) e hipertensão arterial induzida pela gravidez ( pré-eclâmpsia e eclâmpsia), podendo essas formas ocorrerem isoladamente ou de forma associada. A hipertensão arterial crônica corresponde a hipertensão de qualquer causa , presente antes da gravidez ou diagnosticada até a vigésima semana da gestação. As mulheres com pressão arterial superior a 159/99 mmHg devem receber tratamento medicamentoso. Gestantes com pressão arterial inferior a 159/99 mmHg e/ou portadoras de diabetes melito, obesidade, gravidez gemelar, nulíparas, idade superior a 40 anos e antecedentes pessoais ou familiares de pré-eclâmpsia merecem avaliação periódica em razão da possibilidade de uma rápida elevação da pressão ou surgimento de proteinúria ( perda urinária de proteína ) e podem receber tratamento medicamentoso com valores mais baixos, entre 120/80 e 159/99 mmHg, visando à proteção da mãe e do feto . Pacientes sob anti-hipertensivos podem ter a medicação reduzida ou suspensa em virtude da hipotensão. A alfametildopa é a droga preferida por ser a mais bem estudada e não haver evidência de efeitos nocivos para o feto. Opções aditivas ou alternativas incluem: betabloqueadores (ex: propranolol , atenolol, etc... ) , mas que podem estar associados a restrição do crescimento do feto , bloqueadores de canais de cálcio ( ex: nifedipino , anlodipino ,etc... ) e os diuréticos. Os inibidores da ECA (ex : captopril , enalapril,etc... ) e os bloqueadores do receptor AT1 ( ex: losartan , valsartan,etc... ) são contra-indicados durante a gravidez. - Pré-eclâmpsia e a eclâmpsia : estas doenças ocorrem geralmente após 20 semanas de gestação. Caracterizam-se pelo desenvolvimento gradual de hipertensão arterial e proteinúria ( perda urinária de proteína ) . No quadro de eclâmpsia , ocorrem convulsões que podem ser fatais. A interrupção da gestação é o tratamento definitivo na pré-eclâmpsia e deve ser considerado em todos os casos com maturidade pulmonar fetal assegurada. Se não houver maturidade pulmonar fetal pode-se tentar prolongar a gravidez, mas a nterrupção deve ser indicada se houver um agravamento do quadro da mãe ou do fetal. A hipertensão arterial grave é freqüentemente tratada com um vasodilatador ( hidralazina ) endovenoso . O nifedipino tem sido também utilizado , entretanto , sua associação com o sulfato de magnésio, droga de escolha no tratamento e, possivelmente, na prevenção da convulsão eclâmptica, pode provocar queda súbita e intensa da pressão arterial. O ácido acetilsalicílico em baixas doses tem pequeno efeito na prevenção da pré-eclâmpsia , enquanto a suplementação oral de cálcio em pacientes de alto risco e com baixa ingestão de cálcio parece reduzir a incidência de pré-eclâmpsia.

Miocardiopatia periparto:

- Definição : é uma doença caracterizada pelo desenvolvimento de insuficiência cardíaca no último trimestre da gravidez ou no pós-parto ( até 6 meses ), em mulheres previamente saudáveis. A miocardiopatia periparto é doença rara, grave, com mortalidade que gira em torno de 18 a 56%, de causa desconhecida . É uma dos exemplos de miocardiopatia dilatada ( doença aonde os ventrícluos se dilatam e não bombeiam adequadamente o sangue ) . Estima-se que a incidência seja de 1/1.435 a 1/15.000 partos, o que acometeria de 1.000 a 1.300 mulheres por ano nos Estados Unidos. Sua causa ainda não está bem esclarecida , tendo sido sugerido fatores alimentares , relacionados ao sistema imune e a ação de vírus . É mais freqüente em mulheres com mais de 30 anos de idade , raça negra e gestações gemelares.

- Sinais e sintomas : são de insuficiência cardíaca. A insuficiência cardíaca esquerda ( pela falência do ventrículo esquerdo ) causa : falta de ar ( acúmulo de água nos pulmões e derrame na pleura ) , fadiga , palpitações ( inclusive por arritmias cardíacas ) , tonturas e até síncope ( desmaio ). O sintomas de insuficiência cardíaca direita são : o edema ( acúmulo de líquido nas pernas e na cavidade abdominal , a chamada ascite ) , veias jugulares túrgidas e aumento do fígado ( hepatomegalia ). A embolização ( deslocamento de coágulos do coração ) , podendo causar um derrame cerebral ou o entupimento de uma artéria dos membros inferiores ( êmbolos que vêm do ventrículo esquerdo dilatado ) ou ainda , uma embolia pulmonar ( causa por êmbolos que vêm do ventrículo direito dilatado e se alojam nas artérias do pulmão ). Pode ocorrer morte súbita. - Diagnóstico : baseia-se no exame clínico . O eletrocardiograma mostra um aumento das câmaras cardíacas, notadamente de ventrículo esquerdo , arritmias de graus variáveis e alterações de repolarização ventricular. A radiografia do coração e vasos da base , mostra uma cardiomegalia ( aumento do tamanho do coração ) de graus variados. O ecocardiograma , mostra aumento das câmaras cardíacas , diminuição do movimento da parede livre do ventrículo esquerdo , movimento paradoxal do septo interventricular e redução acentuada da fração de ejeção do ventrículo esquerdo ( avalia a capacidade de contração e bobeamento de sangue pelo coração , este parâmetro está abaixo do valor de 50% ). Trombos ( coágulos ) no coração estão presentes em mais de 60% dos casos. A cintilografia miocárdica com gálio é usada como critério , no pós-parto, para indicação ou não de biópsia. A biópsia miocárdica tem indicação controversa. Tem sido utilizada para confirmação do diagnóstico e estimativa da evolução e da alta clínica e laboratorial. A má evolução desta enfermidade, muitas vezes maligna, tem sido significativamente modificada com o diagnóstico precoce e o tratamento adequado. O

- Tratamento e prognóstico: o tratamento é voltado para o combate da insuficiência cardíaca ( repouso , dieta com pouco sal , uso de diuréticos , betabloqueadores , digital , inibidores da ECA como o captoril ou enalapril e ainda , o uso da espironolactona ). Evitar a formação de trombos , com o uso de anticoagulantes e, o combate das arritmias com o uso de antiarrítmicos , são outros objetivos do tratamento. As pacientes que apresentarem melhora clínica e normalização da função miocárdica , em até 6 meses do parto , têm prognóstico favorável. Considera-se grupo favorável a uma nova gestação as pacientes que , até os seis meses após o último parto , estiverem em CF I/II ( sem falta de ar ou com falta de ar aos esforços acima do habitual ), apresentarem ritmo sinusal ao eletrocardiograma ( ritmo ditado pelo marcapasso natural do coração ) , área cardíaca normal à radiografia do tórax, função do ventrículo normal ou próxima do normal ao ecocardiograma e idade menor que 35 anos. As manifestações embólicas ( migração de coágulos ) para o cérebro , extremidades e pulmões, ocorrem em 25 a 40% dos casos. Uma nova gestação só é aconselhada às pacientes enquadradas na classificação acima, pois o retorno da doença é freqüente. O intervalo gestacional ideal é de dois anos. Pacientes com área cardíaca aumentada, arritmias ventriculares e função de contração cardíaca reduzida baixa , devem ser desmotivadas a uma nova gestação.

www.portaldocoracao.com.br

sábado, 4 de abril de 2009

SOCORRO A VÍTIMAS DE PARADA CARDÍACA DEVE EVITAR RESPIRAÇÃO BOCA-A-BOCA


As chances de se sobreviver a um ataque cardíaco fora de um hospital dobram se alguém próximo fizer exclusivamente compressões torácicas, deixando de lado a respiração boca-a-boca, amplamente considerada um procedimento de socorro padrão, revela um estudo que será publicado nesta sexta-feira.

A cena é comum, tanto na televisão quanto na vida real: alguém, freqüentemente um homem em idade madura, cai na calçada, levando as mãos ao peito. Um transeunte se posiciona ao seu lado, pinça o nariz da vítima e começa a fazer respiração boca-a-boca, alternando-a com compressões repetidas e vigorosas em seu peito.

Mas segundo o estudo, publicado na edição de 16 de março da revista científica britânica The Lancet, há algo errado com este senso comum de primeiros socorros, que na verdade faz mais mal do que bem.

"Não há evidências de qualquer benefício na respiração boca-a-boca", escreve Ken Nagao, médico do hospital universitário Nihon, em Tóquio, que conduziu o estudo que acompanhou mais de quatro mil casos de paradas cardíacas na região japonesa de Kanto.

As chances de sobrevivência com um "resultado neurológico favorável" são duas vezes maiores quando o socorrista evita o boca-a-boca e se concentra exclusivamente em tentar reanimar o coração através de compressões torácicas ritmadas.

"As descobertas deveriam levar a uma revisão provisória rápida das diretrizes para (se socorrer) uma parada cardíaca fora do hospital", adverte em um comentário Gordon Ewy, diretor do Centro Cardíaco Sarver, da Universidade do Arizona.

O propósito de soprar ar para os pulmões de uma vítima de ataque cardíaco é oxigenar o sangue, enquanto a massagem cardíaca visa a fazer o coração voltar a bater ou restabelecer seus batimentos regulares.

Mas esta inédita comparação em larga escala das taxas de sobrevivência de pacientes vítimas de parada cardíaca contesta a técnica padrão de ressuscitação cardíaca, ensinada a milhões de pessoas ao redor do mundo, acrescenta Ewy.

"Descobrimos que a taxa de sobrevivência é maior até mesmo quando o sangue tem menos oxigênio, mas é estimulado a se mover pelo corpo por meio de contínuas compressões torácicas", reforça.

Se os resultados do estudo japonês forem usados para revisar as diretrizes padrão do socorro de vítimas de parada cardíaca antes da chegada dos médicos, isto poderia na verdade ter outro efeito positivo: mais pessoas poderiam se arriscar a tentar.

Dos 4.068 adultos examinados que tiveram ataque cardíaco na frente de estranhos, 439 receberam ressuscitação cardíaca e 712, ressuscitação cardiorespiratória convencional.

Mas 2.917 - mais de 70% - foram deixados à própria sorte.

"Estudos demonstram que devido ao fato de as diretrizes usuais de ressuscitação cardiorespiratória exigirem a ventilação boca-a-boca, a maioria das pessoas não se sentiria capaz de efetuá-la em um estranho, em parte por medo de contrair doenças", explica Ewy.

Embora o estudo dê o que Ewy chamou de "evidência inequívoca" de que a ressuscitação exclusiva com compressão torácica eleva as taxas de sobrevivência, seus autores alertam que o mesmo não se aplica à falência respiratória provocada por afogamento, overdose ou choque.

Nestes casos, o método apropriado de socorro, afirmaram os estudiosos, ainda é alternar duas respirações boca-a-boca e 30 compressões torácicas.

Material Enviando pela AC. Enf. Wellida Lemes
Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,AA1489939-5598,00.html

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Convivendo com o Diabetes

Artigo Sociedade Brasileira de Cardiologia

Colesterol e gorduras em Alimentos Brasleiros: Implicações para a Prevenção de Aterosclerose

http://www.arquivosonline.com.br/2009/9203/pdf/9203005.pdf